09/05/2016

Péssimo lugar pra estar sozinho: Grey!

Por André Marques


Já passava da meia noite quando quase acerto a mesa com a cabeça por causa do sono e tédio de não ter nada para fazer. Achei que seria uma boa oportunidade jogar algum game de terror: Grey, um mod de Half-life 2.



Grey é um rapaz que enfrenta diversas situações negativas com frequência. Na verdade, isso é generoso demais de se dizer, ele vive praticamente um inferno. Sua vida é uma espiral infinita para baixo e parece que até mesmo a realidade se voltou contra ele. Quando ele acorda o mundo está quieto e as ruas vazias. Grey precisa encontrar ajuda.

A mecânica do jogo é bastante similar ao que deu origem ao universo de Grey: Half-Life 2. Mesmo assim, podemos identificar ao menos uma pequena característica que o diferencia do HL2: as mãos do personagem tremem. Não podemos esquecer que Grey é alguém que aparentemente tem problemas mentais, mas isso não elimina o fato de que até aquele momento ele nunca havia lidado com os mais variados tipos de armas disponibilizados no jogo, portanto é natural que fique assustado. A maior das diferenças entre os dois jogos acima citados é a dificuldade hardcore. Em Grey, essa dificuldade joga um desafio completamente diferente de qualquer coisa que o jogador já viu. Não só os monstros ficam mais fortes e mais rápidos, como todas as localizações de munição, armas e estruturas do mapa trocam de lugar, é uma experiência incrível! E como se não pudesse melhorar, ao terminar o game na dificuldade máxima você vê o final real do jogo.

O game foi muito bem recebido pela comunidade, bem como sites de reviews. O ponto forte mais destacado no jogo foi a qualidade visual – lembrando que o mod foi lançado em 2012 – e a atmosfera de terror que ele proporciona ao jogador. O único ponto negativo que foi bastante abordado por quem o jogou foi que, simplesmente, o jogo as vezes era difícil demais. Pessoalmente, não dispenso um bom desafio desses, mas dessa vez devo concordar: quase um clip inteiro de pistola para abater um único inimigo é demais. As armas de combate melee são praticamente inúteis e em determinados momentos parece ser melhor fugir dos inimigos ao invés de gastar munição com eles, e você não pode correr em Grey. Mesmo assim, todo o contexto no qual o game insere o jogador é realmente muito satisfatório e, aparentemente, pesou mais na balança do público do que a dificuldade do mesmo.

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